"A estupidez das pessoas não deriva da sua falta de inteligência, mas da sua falta de coragem" (Michael Herr - citado no livro)
Enquanto a minha internet não vem (que processo longo e confuso) sigo minha jornada em ler, ler e ler mais um pouco. De verdade, esta abstinência de internet em casa até que tem me feito bem pois tenho tempo para desligar um pouco do mundo e pensar um pouco mais nas coisas da vida.
Terminei de ler esse livro curto de Martin Page: "Como me tornei estúpido" e ele se mostrou um livro muito bacana de se ler. Com um humor atípico me fez gargalhar em diversas de suas páginas, coisa que não me acontecia há tempo.
Fora o humor ácido e provocante, o livro tem diversas citações a livros, filmes e músicas e um conteúdo muito profundo que faz com que esse livro mereça ser lido mais de uma vez, com algum intervalo de tempo entre as leituras.
O que me chama atenção é que o autor segue firme durante todo o livro em sua proposição de mostrar que vivemos uma idiotice. Em alguns pontos do livro concordei com o pensamento, contudo em outras discordei radicalmente, mas respeito a forma inteligente e divertida como os pensamentos foram colocados.
Abaixo segue a sinopse:
A ignorância é um dom para Antoine, personagem principal da sátira de Martin Page, Como me tornei estúpido. Caso extremo e bem-humorado de rebeldia contra uma sociedade que exige a estupidez como passaporte e oferece a massificação como recompensa, o livro do jovem autor francês chega às livrarias dia 14 de março e antecipa os lançamentos da editora Rocco para a XII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Martin Page é um dos autores com participação confirmada para o evento, que este ano homenageia a França. O lançamento faz parte do Safra XXI, selo lançado em 2004 pela editora Rocco com edição gráfica diferenciada e proposta ousada de lançar autores jovens e talentosos. Decidido a parar de sofrer por causa de uma consciência que o impede de aceitar as injustiças do mundo, Antoine tenta sem sucesso virar alcoólatra, suicidar-se e até fazer uma cirurgia para retirar uma parte do cérebro. As tentativas frustradas do jovem protagonista são descritas com fina ironia e imagens nonsenses que beiram o surrealismo. Mas a redenção de Antoine vem com o emprego numa corretora de ações de um ex-colega de escola, que junto com o Felizac, antidepressivo receitado pelo seu médico boa-praça, são o antídoto perfeito contra a inteligência e a consciência crítica do rapaz.
Um livro realmente indispensável.
Grande abraço.
Até mais.
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