25.3.13

San Antonio

"A paciência é o baluarte da alma, ela a fortifica e defende de toda perturbação.” (Santo Antônio de Pádua)


San Antonio, a sétima maior cidade americana, é o lugar perfeito para começar a entender a história do Texas, afinal foi aqui que o Texas tomou forma.


Para conhecer a reviravoltas desta história de luta por um Estado independente vale a pena conhecer o Alamo, atração turística de San Antonio, com entrega gratuita. Alamo é um museu conservado e repleto de história. 
Não vou falar muito da história do Texas e da incrível resistência dos texanos dentro do Alamo em prol de um Estado independente, minha intenção é apenas "atiçar" a busca.


San Antonio é um local caro para visitar, até mesmo pela pouca oferta de quartos em albergues e pelo local belíssimo. Um agradável surpresa foi o Christmas Bed and Breakfast, um hotel barato para os padrões da cidade e que oferece muito mais que uma estadia, mas uma experiência: estar o ano inteiro em clima de Natal. 
Basicamente tudo no hotel tem essa decoração. Cama, edredom, toalhas e todo o resto parecem ter parado na época do Natal ou antecipado ele. A dona, Penny, é extremamente gentil e muito disposta a ajudar. Deu-nos todas as orientações para aproveitar a cidade em praticamente um dia de estada. A entrada reservada aos hóspedes nos faz sentir em casa. O café da manhã foi uma surpresa a parte, delicioso.


Com um excelente lugar para se hospedar é hora de conhecer o porquê de estar em San Antônio.. Além da parte histórica que é importantíssima, a cidade possui uma das mais belas vistas que tive nos Estados Unidos. San Antonio é uma mistura de Triste com Veneza, com o rio San Antonio cortando lindas paisagens construídas pelo homem.
Vale demais passear às margens do rio de cor lindíssima, principalmente nos dias ensolarados. 


Aproveite também para passar e conhecer a loja do Guinness Book. Há um acervo pago reservado, mas optei por me restringir ao gratuito que já vale muito.
Outro ponto turístico e que você não deve deixar de ir é a Torre das Américas. O preço é super camarada, ao redor de 10 dólares e lhe permite ter uma vista incrível, conhecer mais um pouco da história do Estado e assistir a uma filme 4D, que na verdade deveria se chamar 5D (3D do cinema com óculos, 1D do tempo e 1D das sensações). Só o cinema já vale o preço.
Medroso do jeito que sou estava receoso de subir em um elevador panorâmico por mais de 190 metros de altura. O medo superado é muito recompensador.


Bom acho que já escrevi demais. Espero ter dado um bocadim da impressão desta cidade que vale a pena voltar e voltar e voltar ...


Abração pessoal.
Até mais.


23.3.13

Programando um mundo melhor

"Everybody in this country should learn how to program a computer ... because it teaches you how to think" (Steve Jobs)


Uma das boas surpresas que encontrei esse mês foi o Netflix. Um serviço que lhe permite legalmente assistir milhares de filmes, programas de TV e documentários por $7,99 por mês, sendo o primeiro mês grátis. No Brasil este serviço custa R$15,00 se não me engano.
Ter Netflix em casa me facilitou, na correria do dia-a-dia, assistir todas as noites algo. Apesar de ter TV em casa raramente vejo os programas locais no momento em que eles passam. Costumo até ver alguns, mas depois, em "streaming".
Um dos documentários que vi recentemente foi "Steve Jobs - Lost Interview", uma entrevista com o criador da Apple e entusiasta de muito do que temos hoje em tecnologia e cinema. Fiz aqui mesmo uma postagem sobre esse gênio.
Algo que me impressionou na entrevista foi a espontaneidade que ele conversou com o repórter. Não sei se ele já tinha as perguntas antes de iniciar a entrevista, mas me pareceu que ele já havia pensado em tudo aquilo que disse.
E uma das propostas deste vídeo foi a de que todas as escolas deveriam ensinar programação. 
Essa idéia me pareceu genial pois para aprender a programar você precisa de muito, muito pouco. Talvez nem ler você precisa saber direito. Programar ajuda a desenvolver o senso lógico, a ter um primeiro contato com o inglês.
Infelizmente não aprendemos a programar logo cedo. Mesmo em escolas de informática são raros os cursos de programação, talvez pela pouco procura ou por falta de profissionais.
Era mais ou menos assim o vídeo-game.
Baseado neste idéia, Bill Gates (fundador da Microsoft) e Mark Zuckerberg (fundador do Facebook) estão iniciando uma campanha para inserir programação nos cursos das escolas primárias.
Isso me fez refletir como eu aprendi a programar e como tudo foi completa obra do acaso.
Eu tinha por volta de 13 anos de idade e minha mãe comprou, se não me engano nas Casas Bahia, um video-game em forma de teclado. Tive pouco tempo para brincar com ele pois jogava basquete e fazia aulas de música, além das tarefas normais de um estudante.
Aproveitei uma das férias em São Paulo e minha irmã, um amigo e eu instalamos o aparelho na TV do meu irmão.
Havia um jogo muito bacana de mover caixas e passamos praticamente uma semana brincando com aquele jogo, realmente desafiante.
Cansado de tanto jogar, observei que junto com o video-game havia alguns manuais com códigos de programação. Peguei um dos códigos que ensinava a fazer um jogo de encontrar palavra. Achei aquilo bastante interessante e digitei aqueles comandos na tela sem saber ao certo o que eles diziam.
Rodei o programa pela primeira vez e comecei a entender os erros de compilação.
Rodei novamente até conseguir fazer o joguinho funcionar. Chamei o pessoal para brincar.
Aquilo me animou demais e comecei a tentar entender linha por linha do código.
Num primeiro momento, para as palavras que não entendia, fiz modificações no código e via como o programa funcionava.
Dois dias após, fazia minha primeira modificação grande no código a fim de transformá-lo em um jogo de forca e assim foi indo.
Esse inocente video-game foi a origem da minha paixão por computadores e programação. Algo simples, super barato na época e que deve ter incentivado muito a começarem a programar.
Assim, qualquer incentivo neste sentido é válido. Como o vídeo diz, não precisa ser um gênio para programar e ele desenvolver disciplina e determinação, fatores essenciais no desenvolvimento do caráter.
Vamos lá pessoal programar um mundo melhor :D
Grande abraço.
Até mais.

21.3.13

Google está acabando com suas abelhas

"For a successful technology, reality must take precedence over public relations, for nature cannot be fooled" (Richard Feynman)


O fim do Google Reader (GR) surpreendeu muitas pessoas, inclusive a mim.
Um dos artigos mais interessantes que li sobre o fim do GR foi publicado pelo The Guardian e é este que tomo como suporte para escrever essa postagem.
Para os que não sabem do que se trata, e em breve, do que se tratava, o GR era um local onde você podia reunir praticamente tudo o que cada site publicava. Essa ferramenta era bastante comum entre jornalistas e pesquisadores, como eu, que precisam estar constantemente atualizados do que é publicado, por exemplo, em revistas cientificas.
O GR perdurava por 6 anos com um grupo de usuários que resistiram a vários golpes desleais do Google, como retirar toda forma de interatividade dos usuários em 2011.
Esses usuários, em sua grande parte, são os mesmos usuários ávidos por experimentar cada uma das incríveis ferramentas que a empresa lança. São eles responsáveis pelo zunzunzum ao redor de cada desconhecido produto, ajudando a aperfeiçoá-los quando a grande parte do mundo se quer os conhece.
São eles notadamente os desbravadores do Google+, os precursores do Android.
 Esses usuários são como abelhas que polinizam todo o jardim, gerando diversidade e produtividade. Não precisa ser biólogo para perceber que podemos até destruir algumas flores, mas um jardim não sobreviverá sem abelhas. E isso o Google esta fazendo agora, matando pouco a pouco suas fiéis abelhas.
O passo da destruição do Reader abre um espaço para desconfiança de qual será o próximo produto do Google a ser retirado do mercado. Eu chutaria que será o Blogger, apesar de alguns falarem sobre o Voice. Você poderá ser a qualquer momento forçado a sair daquilo que faz parte da sua vida, daquilo que investiu tempo.
No meu caso, minha reação, para um googlemaníaco, foi de profunda tristeza. Continuarei a usar muitas das ferramentas, mas em relação ao quanto usava diria que abandonei o Google+ e o Chrome. Dei boas vindas ao Twitter e Safari. Em breve, teremos surpresas aqui no Blogger também e até o Gmail já está na minha mira. O Android e Chromebook que planejava comprar no dia seguinte ao anúncio foram cancelados. Talvez a única coisa que não conseguirei suprir será o buscador, mas conseguirei diminuir muito a atuação do Google em minha vida.
 Sinceramente não confio mais nele e não darei o que de mais precioso tenho na vida, o tempo, para uma companhia que não valoriza suas fiéis abelhas. Sempre fui um grande divulgador de todos os produtos, mas, Google, investirei meu tempo em conhecer o mundo de novidades do Digg, Feedly, e tantas outras pequenas empresas, felizes por conhecer a multidão que você desprezou.
Abraço.

5.3.13

Está valendo a pena

"Quando penso que cheguei ao meu limite descubro que tenho forças para ir além" (Ayrton Senna)

Estava assim há dois meses ...
Esta é sem dúvida a postagem mais difícil que alguma vez tentei fazer neste blog pois trata de um dos maiores desafios que recebi e me coloquei a fazer na vida.
Em todo momento me desafiava e tinha meus pensamentos perturbados para saber se daria conta de tamanho projeto, afinal no auge dos meus 29 anos, sou ainda por demais novo para tamanha empreitada. Mas Deus me escolheu numa hora muito boa. Esperou pacientemente como se dissesse que eu passaria por coisas complicadas em 2011 e que Ele estaria comigo o tempo todo, mas que eu deveria estar a altura dos desafios de 2012.
2012 começou como um feliz ano em que retomei com as duas mãos, os dez dedos, minha saúde e também com a ligação da minha irmã +Kéroline Autreto , portadora sempre das notícias que mudam a vida da gente.
Aceitei de cara o desafio sem saber o quão árduo, intenso e imenso seria. Antes de vir para Houston era assim que a casa que me dispus a construir estava, erguida praticamente de um terreno e quatro solitárias paredes. 
Fotos atuais mostram que estamos chegando lá pessoal. Parte de um sonho, com cada pedacinho dele da exata maneira que havia sonhado. Com todas as frescuras que sempre gostei numa casa. 
Acima de tudo o que vale, em nenhum momento, são os recursos que isto consumiu, mas a alegria de poder proporcionar a mais corajosa e batalhadora pessoa do mundo, minha mãe, um mudança de vida sem as marcas de um ano dificil. Minha mãe que venceu tantas e tantas batalhas merece muito mais que essa simples casa, que apesar de ser minha, só tem sentido se for para ela com todas as frescuras que ela sempre quis.
A toda a grande quantidade de gente que está trabalhando agora lá, o meu muito obrigado.
Obrigado as minhas irmãs que estão entendendo a empreitada e entendem o que realmente é uma família.
Estamos chegando lá pessoal! Com amor e fé em Deus a gente sempre chega.
Abraço.


3.3.13

30 dias em casa

"E a coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo como nunca mais" (Tomara de Vinícius de Moraes)
Foto da parada em Houston: +Marcelo Machado Viana , Maria, Camila e eu (logo do rodeio apenas para ilustração)
Pois é, pois é. Já faz mais de um mês que aportei em Houston, Texas e minha adaptação foi bem rápida, como esperava.
Houston em muito se parece com algumas cidades de São Paulo. O clima até agora lembra os dias frios de Ourinhos e Campinas. 
Houston é a cidade de um dos rodeios mais famosos dos Estados Unidos, o Livestock Show and Rodeo que tem uma parada (de onde foi tirada essa foto) no centro da cidade. Uma parada imensa que também lembra, um pouco, as cavalgadas da FAPI de Ourinhos.
Tenho que confessar que parece que estou em casa com alguns dos mesmos desafios de uma grande cidade como o trânsito pesado.
Se tivesse contudo que destacar algo que Houston me surpreendeu e muito, diria que a comida. O café e o feijão daqui são os mais saborosos que já comi. Una-se a isso o inacreditável hamburger que mesmo da marca mais barata é incrivelmente saboroso.
Essas foram as boas grandes surpresas para mim aqui que me levam a constatar aquilo que já pensava: não é pior nem melhor que o Brasil, apenas diferente e poderia ser mais uma cidade brasileira.
Abração para todo mundo.
Até mais.

1.3.13

Spring Break

"O inverno cobre minha cabeça, mas uma eterna primavera vive em meu coração" (Victor Hugo)


Estava preparando uma postagem especial sobre os 30 dias de Houston, mas um vendaval passou e vou deixar para escrever no final de semana com mais calma.
Essa é a semana do Spring Break que se constitui de uma semana, no caso de Rice,  podendo ser de duas para outras instituições de ensino, de férias para os estudantes dos Estados Unidos (e alguns outros países)
Rice está muito tranquila, somente com os estudantes de pós-graduação, que não tem férias nunca, por padrão no mundo todo :D 
Além da tranquilidade, algumas partes da universidade também não abrem, o que interfere no café que adoro do "Student Center".
A foto que apresento na abertura deste blog é do Recreation Center (a academia) celebrando a primavera que está por vir.
Semana que vem começa tudo de novo! Que bom!
Forte abraço a todos.
Até mais.