23.4.08

Carlos Drummond

Não gosto muito de colocar poesias no blog. Não é um site de poesias. Contudo não posso evitar de compartilhar aqui obras e valores que tanto gosto.

A um ausente (de Carlos Drummond de Andrade)
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,

enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Grande abraço a todos.

Até mais.

20.4.08

Condutores de nossas próprias vidas

"Você só perde a sua vida quando a entrega para outra pessoa" (autoria própria)

Imagem031_filtered_blog

Na foto: Eu e o vrumvrum (entenda-se carro ... rsrs)

Continuo na minha mesopotâmica aventura guiada por Ourinhos e aproveitando curtindo grandes amigos de conversas e animação.

Imagem004_filtered_blog

Na foto: Rúbia, Carlos e Michelle

O maior de nossos erros talvez seja depender demais da expectativa que temos de outras pessoas. Nunca se coloque numa situação vulnerável e dependente. Buscar sempre ser o proativo e não o reativo torna-nos muito mais felizes e sem dúvida os condutores de nossas próprias vidas.

Imagem021_filtered_blog

Na foto: Michelle, Rúbia e eu

Assim todos os nossos grandes amigos apenas irão agregar felicidades e muita paz, assim como vocês me agregam.

Imagem025_filtered_blog

Na foto: Eu

E por isto agradeço a toda turma bacana que sempre tem aquele cuidado com o velho amigo aqui.

Abraços.

7.4.08

Já não chegou a hora?

 

Hoje não tem uma frase! Há muito tempo eu escrevi esta poesia. Mas quão atual ela ainda está. Já não está na hora, Pedro!

____________________________________________________________________

Livres do tempo (autoria própria)

Pena que este papel não possa conter o que minha mente já não suporta,

porque senão eu juro eu faria deste papel o depósito de toda a minha alma.

Eu não sou nem artista, nem um poeta que consiga ou precise fazer de minhas angústias, livros e telas, obras artísticas.

Deste modo faço de minhas ansiedades apenas momentos de reflexão.

Não sei se o ambiente ao meu redor é que me sufoca

Ou se o que me sufoca sou eu mesmo.

Palavras e frases amigas eu não ouço há tempos.

Como também não ouço palavras ou frases inimigas.

Aliás poucas vezes ouço.

O silêncio inimigo perturba e sabe que abala.

No silêncio consigo ouvir a mim mesmo

E de mim mesmo vem as palavras e frases angustiantes.

A vida não tem tantos sentimentos.

____________________________________________________________________

 

Grande abraço.

Até mais.

5.4.08

Guiar a vida

Eu_carteira

Na foto: Eu

Algum desânimo me fez não atualizar o blog com mais freqüência. Mas ...

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir as armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
oque me faz sentir
Eu, caçador de mim

Agora posso correr (nem tanto hein ...) sempre agradecendo a todo mundo pelo apoio de sempre.

Grande abraço.

Até mais.