21.1.12

Reaja!

"Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir" (Steve Jobs)


Talvez esse seja uma excelente momento para escrever essa postagem sobre reação.
De acordo com a Física clássica toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade, mas com sentido oposto. Isso é a definição clássica e usual para reação.
Mas até hoje mesmo verificamos que tudo não ocorre desta maneira e não deveria ocorrer conosco também.
Apesar de sempre pregar a reação rápida; como reagimos a cada uma das coisas que nos acontece é algo nosso. Nós decidimos agir com tristeza a algo, como também decidimos agir com alegria. Toda ação deveria corresponder a uma reflexão, não a física, clássica, mas uma reflexão que levasse a uma reação ponderada.
Tentei ilustrar isso aqui nesta postagem a partir de fotografias belíssimas tiradas pelo fotógrafo suíço Fabian Oefner. Usando uma mesa e uma aparelhagem de som ele constroi padrões com bolinhas sobre um pano, incríveis. Observamos de alguma maneira o som. 


Vendo essas fotografias poderíamos identificá-las como fotografias do som que ouvimos. Mas realmente, o que vemos é como cada uma dessas bolinhas reage ao som e não ele próprio. E o que somos senão como reagimos a tudo que nos cerca? Infelizmente pouco se pode medir de nossas mentes, a não ser os efeitos que ela produz.
Note que a luz que ilumina os móveis de sua casa é a mesma para todos, mas para cada um deles temos uma cor diferente.

Que tenhamos um pouco de sabedoria para reagirmos transformando o que recebemos em algo melhor.
Grande abraço.
Até mais.


2 comentários:

Marco Antonio Ridenti disse...

Muito interessante essa analogia! De fato, o nosso conhecimento a respeito do ser humano (e de todas as coisas) é baseado nas suas reações (em sentido abrangente). A partir delas nós podemos abstrair a sua natureza (ou essência, ou substância), ainda que o conhecimento direto da natureza (ou essência) não nos é possível sem o intermédio das impressões que nos chegam através dos sentidos.
De fato, como reagimos ao que nos acontece, é algo nosso, pois somos livres e inteligentes. Mas parece-me que a primeira reação, aquela reação imediata, anterior à ponderação, foge do nosso controle racional; isto é, não podemos decidir qual será a nossa reação imediata a uma ação. Estou falando das paixões. A paixão é uma reação imediata à ação (passio em contraposição à actio, os dois estando entre os nove acidentes de Aristóteles). A paixão é regida pela nossa natureza e não pela nossa vontade. Nesse sentido, nossa vontade e/ou inteligência não podem reinar absolutas; a paixão simplesmente acontece fora do controle delas. Essa é uma demonstração de que há algo na nossa natureza que nos escapa; em outras palavras, a nossa natureza (essência ou substância), nos é dada e não pode ser alterada pela vontade! Uma questão importante: a nossa natureza é boa ou ruim ou indiferente?

Unknown disse...

Marco, tudo bem?
Muito obrigado pelo comentário no blog.
Puxa bem completo.
Sem duvida a primeira reação é complicada de controlar mesmo. O corpo fala pela gente né. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Tem toda razão na sua argumentação. Escrevi algo para eu também ler sempre pois nem sempre consigo controlar minha reação e ela pode acabar por ser algumas vezes até mesmo desproporcional. Espero conseguir pensar melhor nas reações para tentar enviar algo diferente do que recebi, de preferência bom. Claro que se receber uma coisa boa, o legal seria refletir direto e rápido ... a paixão é algo mesmo da nossa natureza e, não sei, mas deveríamos reagir de maneira imediata. Não é interessante mesmo pensar sequer um minuto :D Com relação a sua pergunta, se nossa natureza é boa, ruim ou indiferente, creio que temos que pensar em outras:
"Para quem ela é boa, ruim ou indiferente" e "Ela é boa, ruim ou indiferente para qual ponto de vista?"
Mais uma vez obrigado por escrever no blog ... muito bacana a sua argumentação.
Abraço forte!