6.1.12

Do carro ao ônibus e vice-versa

"O primeiro passo é a sua atitude" - Lema do "Dia mundial sem carro"




Não, hoje não é dia 22 de setembro, dia mundial sem carro, mas decidi fazer uma postagem sobre o tema visto que sou um dos adeptos do caminhar, pegar ônibus e táxi.
Pergunto-me sempre, antes de comprar algo, se necessito daquilo e não consigo responder o porquê de eu precisar de um carro. Quando saio de casa todos os dias para vir a Unicamp pego um ônibus há duas quadras da minha casa e que me deixa praticamente na porta da minha sala. O ônibus (claro que é a minha linha, porque tem linhas em Campinas que vem superlotada), dependendo do horário, vem lotado, mas em grande parte das vezes consigo vir sentado, lendo um livro, respondendo emails para meus amigos, leio notícias do jornal "Metro" que é distribuído perto do ônibus. A viagem dura em torno de 25 minutos.
Ao percorrer esse caminho, percebo um trânsito caótico, pessoas engatando a primeira, andando meio metro e parando. Para mim, que não gosto de dirigir, isso é um "trabalhão". Vejo também que a certeza de chegar ao lugar quando se vai de carro é bem menor que a de ônibus. Raramente o ônibus quebra, mas quando quebra, logo vem outro atrás. O carro, ao contrário, pode quebrar ou, o mais comum em Campinas, sofrer um acidente com pedestre, moto ou ônibus. Quando isso acontece, simplesmente acabou o dia para aquele motorista. Uma confusão é armada.
Outro ponto defendido pelas pessoas é que tem que pagar a tarifa (abaixo vou escrever mais sobre isso), mas o custo de um carro é violento. IPVA, Seguro, gasolina, pneu, revisão ... e toda vez que vem uma dessas para pagar fico estremecido.

Há alguns amigos, contudo que dizem que é muito ruim ir para a balada de ônibus. Neste ponto eu concordo completamente. Mas eu vou de táxi e sabe por quê?
Se eu tivesse um carro não poderia dirigir. Tenho por mim que se eu beber eu jamais dirijo e desta maneira não teria como trazer meu carro de volta a minha casa.
O carro então não faz falta? Talvez para as condições que eu viva em Campinas, em um bairro com bom serviço de ônibus e para os locais onde vou, ele faz pouca, muito pouca falta mesmo.
Sinto falta mesmo quando vou ao supermercado e tenho que voltar cheio de sacolas, mas poderia pedir um táxi, que mesmo assim ficaria mais barato que ter um carro.
Sinto falta de um carro também para viajar para a cidade da minha mãe, mas esse problema foi resolvido com os meus valorosos amigos que tem carro e sempre me dão uma carona, dividindo as despesas.
Enfim esse era para ser o tom da postagem do blog de hoje, mas eu quase desisti de fazê-la e sabe por quê?

Para ver a reportagem completa clique aqui.
Porque exatamente hoje começa a valer o reajuste da tarifa de ônibus de Campinas que já era um absurdo de R$2,85 e agora está em R$3,00.
Quando isso acontece, eu penso sempre, que mesmo que o carro seja mais caro, talvez por pirraça as pessoas comprem um carro para congestionar ainda mais o trânsito. As pessoas que pegam ônibus estão sendo cidadãs (não falo que quem anda de carro também não seja) ao não colocar um carro nas ruas para poluir o ar e engarrafar o trânsito, mas entendo perfeitamente àqueles que compram um carro e colocam-o na rua pois a prefeitura não respeita o usuário, como nesta reportagem do EP.
Entretanto, como diz um amigo meu, Campinas não tem sequer bispo e prefeito, como podemos querer um pouco de dignidade?
O vídeo a seguir é o vídeo que terminaria essa postagem (na verdade é o que termina, mas não do jeito que queria). Um mundo bacana onde as pessoas que podem (pois idosos, portadores de necessidades especiais sempre vão precisar) caminham ou andam de bicicleta. Independente disso vale a pena ver o vídeo.


Fica o meu protesto. Vou trazer meu carro para Campinas? Não, ao menos ainda.
Abraço.
Até mais.


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